terça-feira, 18 de dezembro de 2018

PAPAGAIO DE RAFAEL




            Sempre que posso vou na casa da minha mãe, já é de costume e um vicio dizer essa frase. Minha mãe já faleceu mas, já virou um mote que nem uma outra frase combina. Quando fui entrando minha irmã disse logo, o papagaio tá triste desde de ontem, não sei o que está acontecendo. Perguntei se não era melhor levar em um veterinário, ela ficou com medo em respeito aos animais e levar uma punição por criar um papagaio.
Quando olhei achei-o muito triste, todo jururu. 

Ele sempre foi ativo e saliente, não podia ver ninguém com o pé onde ele ia passar que era logo beliscando, era o dono do pedaço. A não ser o meu sobrinho Dudu, que dava o maior carinho e fazia tudo por ele e o que  queria, carinho de outra pessoa só depois de muito tempo. A tarde tinha que ter o café pra ele. Na realidade o papagaio era de Rafael, Pela manhã era nome que ele chamava era RAFAEL, quando cansava que ninguém dava atenção ele chamava CORNO

Ficamos na sala conversando eu e minha irmã, sempre que podemos contamos nossas peripécias e o que fazemos e a fazeres. Recentemente fez uma cirurgia na visão e está de repouso. Conversamos sobre minha viagem à Santa Inês, e os nossos irmãos... enfim, colocamos os papos em dia, quando de repente ela sai na porta e olha o papagaio de cabeça para baixo e o bico enfiado na comida. 

Um triste momento, tirei-o da gaiola, fizemos bastante massagem, e ele foi morrendo aos poucos na minha mão, sendo que o ultimo suspiro ele vomitou a ultima comida. Estamos muito sentido com a perda do Papagaio, a dor realmente é imensa principalmente quando se tem uma ave bem cuidada, tratada com respeito e carinho.