quarta-feira, 28 de agosto de 2013

12 ANOS SEM DENTES DE OURO DE RAIMUNDO SOLDADO



          Eu sou verdadeiro em tudo que faço e digo. Nunca neguei a ninguém minha admiração por Raimundo Teles Carvalho, um instrumentista, cantor e compositor nordestino. Exímio sanfoneiro autodidata, que conquistou o Maranhão, o Piauí, e outros estados do Brasil.
       Ele iniciou sua carreira como cantor e compositor em Santa Inês tocando em uma casa de show, cujo nome era "Sonho Azul" no bairro Alto do Tetéu, onde residiu por vários anos. Não parou mais, participou de show com Marines e sua gente, Luiz Gonzaga, Waldik Soriano em todo aniversário do armazém Paraíba em nossa cidade. Seu pai foi soldado, seus irmãos também. Seguiu a carreira do pai e serviu durante alguns anos, por isso recebeu o codinome de Raimundo Soldado.
        Esse cantor máximo da nossa boa música gravou seis discos ao longo de sua vida. Todos marcados por seu estilo próprio e muita personalidade, numa mistura de forró, baião e outros ritmos regionais. Com uma carreira artística bem diversificada, acompanhou de perto movimentos como a Bossa Nova, Jovem Guarda e Tropicália e nunca se distanciou do seu estilo de tocar e ser irreverente com seu instrumento.
       Gosto de afirmar em rodas de conversas com outros compositores da MPM que o Raimundo Soldado provou sua genialidade, ao fazer a música nascida de sua alma. Ficamos entusiasmados com as letras fantásticas, tais como: “nunca mais deitarei em teus braços/ nuca mais sentirei teus abraços/ é, meu Deus, bem não se paga com mal/ por não saber procurar/ nem encontrar um amor por todo igual”... Que poesia fantástica tinha essa alma boa!!!
         Encerro reafirmando a grandiosidade de Raimundo Soldado, um homem vivendo um sonho azul por toda vida, e digo aos leitores que no próximo texto vou abordar o jingle mais famoso do nosso estado, feito por essa grande compositor. Vamos louvar RAIMUNDO SOLDADO!

Raimundo Soldado morreu aos 55 anos em 17 de setembro de 2001, vítima de meningite, em Timon, no Maranhão.

Realizou uma fusão entre a música nordestina e a música pop, utilizando arranjos comuns nas músicas da jovem guarda, misturados a sons de origem na musicalidade nordestina. Em 1980 lançou pela EMI seu primeiro disco, com diversas composições de sua autoria, entre as quais “Menina linda” e “Sanfona branca” e “Fiquei tão triste” em parceria com Zequinha. Em 1981 lançou o segundo disco, ainda pela EMI, com músicas de sua autoria, como “Mulher orgulhosa”, “Conquistando o mundo” e “Minha garota”. Em 1983 lançou novo LP, com, entre outras, “Malena” e “Esqueça”. Em 1985 gravou “Lambada nº 4” e “Forró da prainha”, em seu quarto disco pela EMI. Em 1987, gravou, entre outras, “Forró no Piauí”, “Eu quero você” e “Vontade louca”, todas de sua autoria. 2000 - Raimundo soldado Raízes do Nordeste.






O Norte/Nordeste deu adeus ao brilho dos dentes de ouro de Raimundo Soldado. A madrugada chegou e o cantor brega teve que parar de dançar. Sua morte pegou todo mundo de surpresa, inclusive ele mesmo. Estava em pleno banho de riacho

   A notícia se espalhou pelo rádio, ninguém deu mais detalhes e quase a morte do ídolo brega Raimundo Soldado ficava no boato. Mas, infelizmente, é verdade. O maranhense de Santa Inês passou, mesmo, dessa para melhor. E não foi por causa de seus problemas de pressão ou da diabetes.

   Estava tomando um banho num riacho onde morava, em Timon, no Maranhão, quando sentiu uma grande febre. Foi levado às pressas para Teresina, no Piauí, onde foi internado, mas não resistiu e faleceu às 21 horas da segunda-feira, 17 de setembro de 2001, aos 55 anos. Diagnóstico: meningite.

   Raimundo Teles Carvalho foi o Raimundo Soldado. ''Soldado'' iniciou sua carreira como cantor e compositor em Santa Inês tocando em uma casa de  show "Sonho azul" no bairro Alto do Tetel onde residiu por vários anos. Não parou mais, participou de show com Marinês e sua gente, Luis Gonzaga, Waldik Soriano em todo aniversário do armazém Paraíba em Santa Inês. melhor sanfoneiro do norte e nordeste. Seu pai foi soldado, seus irmãos também. Até mesmo Raimundo o foi, por nove anos. Depois largou a farda pela música popular, com suas dores de cotovelo e odes à terra natal.

Raimundo Soldado era quem fazia os jingles  

   Ele se balançava no galho mais baixo da árvore da Jovem Guarda, misturando música romântica sessentista com forrós e carimbós, sotaque de gente simples, mal-alfabetizada. Rendeu frutos desprezados pela ala chique, mas que sempre alimentaram muito bem o povão.

   Na década de 1980, Raimundo Soldado ficou conhecido por canções como ''Não tem jeito que dê jeito'' e ''Abraçando você'', e fazia parte do elenco brega da extinta gravadora Copacabana. Foram seis vinis ao todo. Em CD, só há um trabalho, lançado em março deste ano pela Gema.

   Aliás, dois. 23 sucessos de Raimundo Soldado foi lançado sem autorização aqui em Fortaleza. ''Nenhum centavo dos direitos foi repassado para o Raimundo Soldado. Eu estava negociando o lançamento com a SomZoom, a Floral Music se meteu no meio e o Emanuel (Gurgel, empresário) deixou de lado. Mas a SomZoom ia fazer 40 mil CDs'', lembra William Martins, empresário do cantor.

   Segundo ele, está previsto para este mês de outubro o lançamento do segundo disco. Só com faixas inéditas, o CD sai pela Gema, com quem o artista tinha assinado um contrato de três anos e três discos.

   ''Quando se fala em referência no brega, não tem para onde correr. É Raimundo Soldado'', diz o músico Hérlon Robson, que chegou a gravar a canção ''Você gosta de mim'' no disco de sua banda de brega-rock Los Toros, em 1997. ''Ele era um cara super humilde. É uma cultura que se espalha sozinha. A única coisa que sei é que aquele disco, Abraçando você, foi disco de ouro. Vendeu mais de 100 mil cópias. Acho que aquele vinil não foi passado para CD. Ele até fez algo em CD, mas também não tem tanta graça. O engraçado é que não é feito com a intenção de ser brega'', diz Hérlon.

   ''A população ficou super sentida, compareceu ao enterro. Muitos amigos estiveram lá. Munção, aquele radialista que era da SomZoom, transmitiu ao vivo através da EstaçãoSat, em Recife. A TV Meio Norte, daqui, também mandou via satélite'', disse o empresário, de Teresina.

   Agora ele vai tocar a vida junto a David (pronuncia-se ''Dêivid'') Soldado, Frank Soldado e Johnny Soldado, que já estão seguindo a trilha do pai. Foram três casamentos e 11 filhos registrados. ''Ele morreu pobre, pode-se dizer. Estava sustentando a família com os shows que apareciam para fazer'', diz William Martins.

   Mas, por aqui, as aparições do ícone brega não atraíam menos de três mil pessoas. Na capital cearense, Raimundo fazia o circuito de casas como Pau de Arara e Sítio Siqueira. ''No ano passado, ele reuniu mais de seis mil pessoas no Cajueiro Drinks. Depois fizemos também The Kings of Brega, com o Genival Santos. O último show fizemos no BNB e teve uma repercussão muito grande. Aí ele tinha muitos amigos, como o Falcão, o Laitinho Brega, o Waldick Soriano'', conta Martins. (© O Povo)




                

Raimundo Soldado veio de uma família muito humilde. 17 de setembro, completam 12 anos da morte do cantor Raimundo Soldado. Raimundo Teles Carvalho nasceu na cidade de Santa Inês, no Maranhão, em 1946. Tornou-se conhecido como Raimundo Soldado devido ter servido ao exército, a exemplo de seu pai e de seus irmãos.

Seu primeiro disco (Raimundo Soldado e o Conjunto Grupo de Ouro - Abraçando Você) alcançou relativo sucesso nos anos 80 com a faixa-título e também “Você gosta de mim” e “Não tem jeito que dê jeito”.

Inicialmente as suas músicas tinham temática romântica, com um estilo musical que assemelhava-se a uma junção do pop a estilos típicos dos estados do Maranhão e Pará, como o Carimbó. Os discos seguintes também sofreram influência do forró nordestino.

Lançou seis discos de vinil e os CD’s Minha Santa Inês e Só as Antigas pela gravadora Copacabana. O CD Só as Antigas incluía versões com arranjos mais modernos para muitos de seus primeiros temas. A sua música Não Tem Jeito que Dê Jeito foi incluída na trilha sonora do filme At Play in the Fields of the Lord (Brincando nos Campos do Senhor), de Héctor Babenco (1991). Raimundo Soldado morreu aos 55 anos em 17 de setembro de 2001, vítima de meningite, em Timon, no Maranhão.

Discografia1980 - Raimundo Soldado (EMI)
1981 - Raimundo Soldado (EMI)
1983 - Raimundo Soldado (EMI)
1987 - Raimundo Soldado (EMI)
2000 - Raimundo Soldado. Raízes do Nordeste (EMI)