domingo, 12 de fevereiro de 2012


Pierrot, Arlequim e Colombina

Amanhã é terça-feira de Carnaval, e em meio a tanta folia novamente aparecem as já conhecidas e tradicionais personagens: Pierrot, Arlequim e Colombina. Porém diante da dúvida perante a origem dos mesmos, resolvi fazer uma pequena busca para poder aqui contar um pouco dessa estória.

Pois bem, a origem remonta o século XVI, quando na Itália eram comuns grupos de teatro populares, realizando apresentações pelas ruas, tendo como repertório peças de teatro improvisadas. Esse estilo ficou conhecido como Commedia dell´Arte (Comédia da Arte), e ainda hoje existem trupes de teatro desse estilo, aqueles famosos grupos que andavam em uma charrete, e improvisavam espetáculos pelas cidades que passavam, fazendo de seu veículo o próprio palco, e de suas vidas a própria arte.

O Arlequim surgiu primeiramente com a função de divertir as pessoas durante os intervalos do espetáculo, porém foi ganhando expressão, chegando a fazer parte das estórias. No Brasil, a estória disseminada é a de que Pierrot, um apaixonado e sonhador, está perdidamente apaixonado por Colombina, uma moça simples, empregada de uma dama, e apaixonada por Arlequim.

Este é matreiro, malandro, adora travessuras, é invisível, somente é visto por idosos, damas novas de boa educação e crianças. Ou pode ser visto de relance pelas damas, quando lhes rouba um beijo, deixando Colombina enciumada, fazendo-a aprontar alguma ao Arlequim ou à moça beijada.

O Arlequim costuma dar seu coração às belas damas, que quando o comem se tornam o próprio Arlequim. O objetivo do Pierrot é capturar esse coração, porém sempre falha devido aos intentos de Arlequim.

Esse é um breve relato sobre a estória dessas personagens tão conhecidas de nosso Carnaval. Porém vemos hoje que o sentido da arte e do romantismo se perdeu durante os anos, tornando o Carnaval uma festa banalizada e puramente comercial. A alegria dos foliões permanece, porém os objetivos de cada um são bem diferentes, e esses já conheço de outros Carnavais.